terça-feira, 25 de agosto de 2009

Dissertação: temas polêmicos

Leiam, a seguir, ulguns textos dissertativos sobre temas polêmicos. Após a leitura, discuta com o professor um tema que gera controvérsias. Então, escreva sobre isso.

A pena de morte

O aumento assustador da violência tem trazido novamente à tona a discussão sobre a possibilidade da adoção da pena de morte em nosso país. Os defensores dessa idéia argumentam que ela intimidaria os criminosos perigosos, impedindo-os de cometer atrocidades, além de aliviar a superlotação dos presídios. Outros, porém, não admitem a idéia de um ser humano tirar a vida de um semelhante, ainda mais sob a égide da lei. Há ainda a ineficácia do nosso sistema judiciário, o que pode levar a decisões injustas, conduzindo inocentes à pena capital.
Vê-se, portanto, que o tema não é de fácil resolução. Somente a sociedade organizada e consciente do papel social do Estado poderá decidir sobre a melhor forma de se resolver problemas tão graves como o da violência em nosso país.


Assistencialismo

As medidas assistencialistas, como a doação de cestas básicas, lotes e outros, sempre remete a opiniões divergentes quanto ao papel no Estado nessas questões. Por um lado, os defensores dessas medidas defendem a necessidade de socorrer as famílias mais necessitadas, evitando a institucionalização da miséria e suas graves conseqüências econômicas e sociais, como a desnutrição, a precoce mortalidade e o abandono social. Uma criança não pode passar fome e uma família não deve embaixo de pontes. Por outro lado, há quem argumente que programas dessa ordem geram a acomodação por parte de pessoas que tudo esperam do Governo e nada fazem para melhorar suas vidas. Pra que trabalhar se o Governo dá o pão, o leite, o lote? A função do Estado é garantir emprego aos cidadãos e fazer com que, através do trabalho – que traz renda e dignifica o homem – possam manter suas famílias.

Eutanásia

O caso da italiana Eluana Englaro, morta em 9 de fevereiro de 2009, aos 38 anos, 17 dos quais passados em estado vegetativo, reacendeu em todo o mundo o debate sobre a eutanásia. A prática de provocar a morte de um paciente em estado grave cuja reabilitação é descartada pelos médicos é polêmica, mesmo quando é o próprio paciente quem a solicita.
No Brasil, como em quase todos os países, a prática é tida como crime. O princípio de que ninguém pode violar o direito à vida é o principal argumento de quem depõe contra a eutanásia. E é na igreja que encontramos as mais fortes vozes. Sendo a vida um dom divino, ninguém poderia decidir sobre ela, pois estaria contrariando a vontade de Deus.
Por outro lado, há os que defendem que, em casos em que a medicina diagnosticou como irreversível o estado vegetativo, seja possível interrromper a vida de um paciente. As principais alegações são que não há sentido em prolongar o sofrimento do paciente e de seus parentes. Além disso, o leito de um hospital, utilizado por um paciente desenganado, poderia estar sendo ocupado para atender a alguém que tem reais chances de sobrevivência.